Um pouco de Miyazaki Hayao
Janetinha ultimamente está entrando em modo Nostalgia. E nostalgia lembra Miyazaki Hayao.
Por que nostalgia se ele acabou de ganhar o Oscar? Para quem não sabe, Miyazaki já fazia animação desde quando eu era um feto. Ou melhor eu nem era projeto. Ele foi um dos diretores das séries anime-televisivos "Nave Yamato". Criou o simpático detetive-cara-de-pau com a série de "Lupan 3 sei" ou para os que assistem em português "Aramis Lupan terceiro".
Entrou para o departamento cinematográfico com "Kaze no tani no Nausicaa" (Wind Valley Nausica). Ficou famoso com "Tonari no totoro" (My Neighbour Totoro). E espalhou a fama agora com o "Sen to tihiro no monogatari" (A viagem de Tihiro) após o merecido Oscar. Porém, as melhores histórias são aquelas que ele mistura um pouco de conscientização, responsabilidade social, preservação da natureza e história japonesa. Os clássicos nesse estilo são "Ponpoko", "Mononokehime" e o próprio "Nausicaa".
Sem contar os romances, melhores que muitos mamão-com-açúcar, que são os animes voltados para menininhas meigas como eu: "Omohide horohoro", "Majo no Takkyubin"(Kiki delivery service), "Mimi wo sumaseba" e o romance mais adulto "Kurenai no Buta"(Porco Rosso).
Tá, já falei demais sobre o cara que junto com Osamu Tezuka (que é mestre dos mangás), virou mestre da animação japonesa.
O negócio é que existem idéias muito boas na cabeça dele que não se tornaram animação. E um deles é uma história chamada "Shuna no tabi"-(A viagem de Shuna). A minha felicidade é que esta história foi publicada em livro. E consegui adquiri-lo numa loja da Liberdade.
O legal é que este livro é incrível. Nessas horas é que você descobre que o cara realmente é o mestre. Ele fez uma história com desenhos e fez estilo animação com base numa lenda Tibetana. Se isso virasse desenho, seria maravilhoso.
No final do livro ele até escreve que esse tipo de história é uma coisa que ele vem pensando em escrever faz muito tempo, porém, é um tipo de história que não agrada a mídia porque não vende.
Bosta de mídia, não?
UPDATED: É veros, J. Inácio. É KAMIKAKUSHI e não MONOGATARI. Embora seja uma bela estória, né?
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