É Antropofobia mesmo!
Pois é. Desculpem se eu desapareci por uma semana (o que não é nenhuma novidade), mas estive numa cidade onde quase não existe energia elétrica. Fiquei sem telefone e, consequentemente, sem internet.
A cidade onde estive se chama Guaranésia.É em Minas Gerais. Saindo de Mococa, é a segunda cidade após atravessar a fronteira.
Não que eu nunca estivesse lá. Mas é a primeira vez que eu pouso na cidade. Geralmente a gente fica em Mococa quando vamos trabalhar lá. E, pela primeira vez, não almoçamos na empresa. Tivemos que almoçar em restaurantes da cidade (na verdade "eram uma" - uma no almoço e outra na janta, porque onde almoçamos não servia janta).
A cidade tem menos de 50 mil habitantes. Quem acha que São Carlos é interior,é exagero. Se acha que Mococa é mais interior que São Carlos, é porque nunca foi para Guaranésia.
Uma cidade com prédios antigos, muitos morros e uma grande igreja no centro, Guaranésia é uma cidade que não tem muita coisa além disso. Talvez algumas pessoas - A maioria de terceira idade. Talvez algumas fazendas - Existe muito verde lá. Mas o que mais me impressionou é aquela sensação de estar em casa.
O Hotel não tem muito luxo. Nem mesmo telefone tinha. O lugar era feio. Mas era muito agradável. Ainda mais que todo mundo chamava a gente pelo nome. É engraçado como você se sentia em casa. O tratamento era muito melhor do que aquele ambiente frio de Hotéis 4 a 5 estrelas.
De noite, no restaurante, o velhinho que era dono nos recepcionava nos chamando pelo nome todo dia. Inclusive no primeiro dia, quando soube da nossa presença por meio da requisiçào enviada pela empresa. Sinceramente, nem mesmo nos restaurantes que eu vou frequentemente em São Carlos, os garçons e as pessoas nem se interessam em saber meu nome, pensando apenas em servir bem a comida. Conversamos bastante. Sobre a cidade, sobre assuntos fúteis e inclusive sobre o sistema de ICMS no estado de Minas Gerais. Eu sinto vergonha de não saber o nome dele até hoje...
O pessoal da empresa também é muito amigável. Me sentia no prezinho, quando todo mundo queria fazer amizade e todo mundo conversava com todo mundo!
Talvez nós fomos motivos de fofocas na cidade, afinal, não é sempre que aparecem estrangeiros por lá. Mas gostei daquela cidade, sem pessoas na rua, sem movimento e com pouca gente...
E, revendo meu post anterior, onde comentei a minha experiência vivida no Show da Ivete Sangalo em Araraquara com mais de 30 mil pessoas, onde quase morri de asfixia e fiquei mal humorada a noite inteira (nem gosto tanto da Ivete), percebi que naquele lugar estava praticamente toda população de Guaranésia em um espaço muito pequeno!!! Que medonho!!!
É, gente, eu acho que é antropofobia mesmo!
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