My Tiny Invisible World

Porque tudo aquilo que você faz nem sempre é tudo aquilo que você vê.

terça-feira, agosto 30, 2005

Pensamento...

De manhã cedo,
Sento no canto da cama
contemplo o espelho
Respiro fundo...
e penso:

"Essa barriga não é minha!"


Envelhecer é foda!

sábado, agosto 27, 2005

A Casa do horror São Carlense...

BACKGROUND: Isso deve ser novidade para muitos, mas eu sou uma pessoa que, infelizmente, ainda faz faculdade. Comecei semestre passado e somente fui lá duas vezes. Uma de carona e a outra eu fui de ônibus, bêbada depois de encher a cara com o pessoal do escritório. Como o boy do escritório (que está na mesma sala que eu) foi comigo, consegui chegar lá e fazer prova...

SEXTA-FEIRA, 26 de agosto, 20:50 da noite: Depois de voltar de viagem, estou decidida a pegar aula. Vou ao ponto de ônibus que não abriga uma alma penada. Pelo que me lembro do boy falando, o ônibus passa 10 pras horas. E eis que passa o ônibus que tanto esperava. Entro e observo que não existem muitos estudantes. Mas quem é o louco que gosta de ir para a última aula de sexta, exceto eu?

O ônibus caminha normalmente, até que, ao invés de entrar na Getúlio Vargas, ele dá a volta e entra em uma outra avenida.

"Da outra vez, eu não me lembro de ter feito este caminho. Acho que eu tava tão bêbada que não estou me lembrando. Tudo bem, logo ele deve voltar para a Getúlio" pensei.

Mas o ônibus não volta.

Encafifada, Questionei ao cobrador se o ônibus passava mesmo em frente a faculdade. Diante do rosto de negação dele, me achava com cara de pastel. Perguntei se o ônibus voltava ao centro. Ele confirmou e fiquei aliviada.

Passeando, começo a ver São Carlos de um outro ângulo. De uma altura, maior que o pontilhão. Sim, eu estava vendo São Carlos de algum lugar muito distante!!!!

Atrás de mim, o cobrador me perguntou se eu era de São Carlos. Quando falei que não, ele apresentou o lugar como "Antenor Garcia", vulgo "Terrorzinho".

Não sabia se queria sair do ônibus em disparada. Não podia fazer isso, senão ia ter carne amarela na brasa. E pior que nem saberia voltar. Sorte que meu lado consciente funciona nessa hora e fiquei quietinha no meu canto.

Quanto mais o ônibus ia andando, o lugar se assemelhava mais com um lugar que eu conheço, mas nunca gostei de conhecer: A periferia da ZL de São Paulo. As pessoas que entravam não eram muito diferente dos manos da ZL. Fiquei com medo. Achei que iriam roubar minhas balinhas, já que dinheiro, eu só tinha pra passagem de volta...


Quando o ônibus chegou na Vila Prado, eu já fiquei beeeem aliviada. Já conhecia o lugar e sabia que estava perto de casa. O Ônibus estava relativamente vazio. Foi quando entrou um cara de 2 metros e meio, porte forte, escuro, com um pano preto na cabeça - como um pirata e uns brincos-argola maiores que os da Dercy Gonçalvez que senta bem ao meu lado. Ele me encara. Mas como sou uma pessoa que já meti medo em trombadinha de metrô em São Paulo, permaneci na minha (embora estivesse mijando nas calças em pensamento).

Já era quase 22:00. O cara não saia do meu lado e faltava pouco para o meu ponto. Já tava pensando em onde me esconder se ele me perseguisse e se era necessário descer em algum lugar mais movimentando para não ser seguida. Para minha sorte, uns dois pontos antes, ele resolveu sentar na frente.

Desci e sai correndo para casa.

Depois dessa, aprendi que decorar ônibus, só sóbria. Porque, trocar "Antenor Garcia" com "Azulville", é muita coisa...

E, se tiver alguém disposto a encarar esta aventura melhor que o carrinho da casa dos horrores do Playcenter:
Linha Antenor Garcia.
Todos os dias 10 pras horas. Preço: R$ 1,70. Maiores de 65 anos com carteirinha não pagam ingresso.
Não recomendado para quem tenha problemas cardíacos, esquizofrênia ou síndrome do pânico.
Desconto especial para estudantes.

quarta-feira, agosto 24, 2005

Wireless rules

Cidade com menos de 18 mil habitantes.

O que importa é que o hotel da cidade fornece conexão wireless!

E o melhor: É tudo de graça!

Viva os hotéis de cidade pequena!

sábado, agosto 13, 2005

Infância Conturbada...

Esses dias eu tava pensando naquele e-mail da Babá brasileira que foi cantar canções brasileiras de ninar e exemplificou algumas músicas que amedontram as crianças (se estas forem pentelhas e curiosas para saber o que as letras significam). Daí, cheguei a conclusão que realmente as letras das brincadeiras infantis não são nada inocentes. Aqui colocarei alguns exemplos:

- Música da repressão militar de 1964:

"Marcha soldado, cabeça de papel
Quem não marchar direito vai preso no quartel
Quartel pegou fogo, Francisco deu sinal
Acorda, Acorda, Acorda, Bandeira Nacional"

- Música da violência contra os animais

"Atirei o pau no gato-to
mas o gato-to não morreu-reu-reu
dona chica-ca-ca admirou-se-se
do berro, do berro que o gato deu,
MIAU"

"Lagarta Pintada, quem te pintou
foi uma velhinha por aí passou
em tempo de areia fazia poeira
pega essa lagarta pela ponta da orelha"


- Música da sacanagem na terceira idade
"Vou contar, uma história
do velho e da velha
a velha caiu
o velho viu
a calcinha dela
que cor que era?
era amarela!"


- Música da violência dentro de casa
"Agá, Agá, galinha quer botar
tigê, tigê, mamãe me deu uma surra e fui parar o tietê
por quê? por quê? Por causa de você"

- Música da acusação de homicídio
"Lá em cima do piano tinha um copo de veneno
Quem bebeu morreu
o culpado não fui eu"

- Música do interesse financeiro no amor
"Ciranda cirandinha, vamos todos cirandar
vamos dar a meia volta
volta e meia vamos lá
O anel que tu me deste era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas era pouco e acabou"

- Música dos mortos-vivos

"Samba lelê tá doente
Tá com a cabeça quebrada
Samba lelê precisava
é de uma boa lambada

Samba Samba Samba ô lê-lê
Pisa na barra da saia ô la-la"

- A música do trabalhador em regime de escravidão

"A dona aranha subiu pela parede
Veio a chuva forte e a derrubou
Já passou a chuva e o sol já vem surgindo
E a dona aranha continua a subir"

- A música do casal desentendido
"O Cravo brigou com a rosa
debaixo de uma sacada
o cravo saiu ferido
e a rosa despedaçada

O cravo ficou doente
a rosa foi visitar
O cravo teve um desmaio
e a rosa pôs se a chorar"

- Música dos sem tetos

"Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero"


Aliás, amanhã é dia dos Pais.
Eu sou muito grata ao meu Pai, por ter me ensinado músicas infantis japonesas inocentes bonitinhas. Valeu Papai.

segunda-feira, agosto 08, 2005

O bom de se ter amigos sinceros

É que depois que eu mudei o visual, eles conseguem mostrar a dura realidade:

De que sou fubanga e ainda por cima encalhada!

sábado, agosto 06, 2005

Se não existir peixes, contente com sapinhos...

Janetinha, na tentativa de descobrir os motivos de não existir peixinhos, foi novamente ao laguinho a procura desses serzinhos.

Dessa vez fiquei uma hora. Daí que me toquei que existe um lado raso do laguinho, onde existem vários peixinhos descansando em paz.

Como eu sou uma pessoa bozinha ( que um dia quis come-los fritinhos), resolvi observá-los de longe. E eis a constatação. Não eram peixinhos, eram sapinhos...

Que nojo!

sexta-feira, agosto 05, 2005

Ou é dia da pesca ou do pescador

Como todos e muitos sabem, estou tirando dois dias de férias.

O dia estava muito bonito hoje, então, resolvi pescar no laguinho perto de casa.

Como se fosse um tratamento pré-encontro, quando você precisa cuidar das suas unhas, da pele,dos pelos e da maquiagem,para pescar você precisa preparar o anzol, checar a bóia (é, eu fui pescar peixinhos, nada de morinetes e coisinhas sofisticadas)e pegar minhocas (elas são tão bonitinhas!).

Depois de tudo pronto, coloquei minhas botinhas e saí a caça, ou melhor, a pesca. Uma hora, duas horas, três horas...e nada de peixes. Nem para dar uma cheirada na minhoca...E assim, o dia acabou.


Ok, definitivamente, o dia não foi da pesca. Mas não existe nada melhor do que concentrar as forças em algo que não é o trabalho. Três horas de espera, valeram muito mais que um mês de férias.

Voltei com os dedos e as calças sujas para casa. Mas a sensação foi muito boa. Posso não ter pegado nenhum peixe. Mas, voltei com os ombros leves, alma limpa e espírito renovado. Pronta para encarar o infeno novamente!

Quanto aos peixes? Eles podem me esperar...